sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Perder-se no fim

Perder-se no fim

Quando circulamos sem rumo, andando de cá para lá,
Girando com saida e chegada
Sempre no mesmo ponto
É preciso foco, pensar e repensar.
Talvez depois...
Amar, apoiar tudo e todos e recomeçar

Amar pedras da calçada
E velhos que andam na rua e cospem no chão
Dar a mão àqueles e àquelas que pairam
No desespero da mundanidade

É preciso foco, pensar e repensar.
Talvez depois...
Amar, apoiar tudo e todos e recomeçar

É como se o ano acabasse e fosse recomeçar
É como se tudo acabasse. Aqui e agora.
Talvez fosse bom assim
Talvez não fosse

É preciso foco, pensar e repensar.
Talvez depois...
Amar, apoiar tudo e todos e recomeçar

Saint Jacques

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O amor e o seu fazedor


O amor e o seu fazedor

O amor é. Ponto.
É o vento e o tempo
É o ar e a tempestade
É o calor e o tormento
É o ciúme e o zelo.

O amor é.
É a soma e a subtração
Do sexo e do ódio
Do excesso e do nada
Do tudo e do pouco

O amor é.
O que eu quero dar e tirar
O cheiro e a pele e o sémen e a líbido ou falta dela
O amor é.

O amor não é
A vingança mas pode ser, sempre que se perde
A raiva que se tem, mas não se deve
A cremação das cartas escritas e dos abortos de palavras

O amor é.
Sonhar contigo e amar esse sonho pelo dia adentro
Desflorando-o como um fazedor de contos
De floresta desabrida pela posse do sexo

O amor é
Sempre que me puxes e me queiras e me tenhas
Só porque queres
E eu vou para esse lado que pdoe ser branco e preto e pode ser nada e tudo
O amor é e será

O amor é.
Oolhar para o céu e ver as estrelas durante o dia
A escuridão durante a noite e nunca sentir cegueira

O amor é.
Ouvir o tempo e cheirá-lo aqui e ali e saber que chegas
Aqui ao lado e me agarras sem que deixes uma palavra cair
E soltas lágrimas de alento pelo cheiro que exalo
E me possuis sem parar até ao dia que se segue
Até ao ultimo dos nossos dias.

O amor é.

Saint Jacques

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Asas entram no Céu e na Terra

Queria tudo e queria o nada
Queria os homens e as crianças
Queria o tempo e queria o vento

Queria um tudo e queria o nada
Aprendi a chorar, a rir, a chegar e a partir
Senti as dores, tuas e minhas, pari e fui parida
Vi homens e crianças
E quis ver crianças em homens

Queria um tudo e queria o nada
Voei para ali e para aqui
Senti mulheres como ninguém,
E crianças que bradavam aos homens e os homens às mulheres// e eu a ti e tu a mim...

Queria um tudo e queria o nada
E hoje quem sou e quem és?
Um fruto de aves e penas aquecidas em mel e fel
Um alento em chama verdejante
Que me sopra na noite gelada
E que me chama: Anda agora para aqui!!!



Queria um tudo e queria o nada
Anda, já disse!!! Anda!
Anda para junto de mim
Deixa-me soprar ao ouvido
Toca-me e ensina-me as cores do afecto
Sente-me como à vida que sabemos parida


Queria um tudo e queria o nada
Queria entrar dentro desse coração
Fazê-lo meu e dar-te o pouco que nem consigo
Ser e deixar de ser,

Corre agora, Foge. Agarra as pedras desta calçada
Atira-as ao mar. Para que ela não te fuja
Agarra-o. Faz dele teu refém

Queria um tudo e queria o nada
Entre o Céu e a Terra as asas não entram
Nem entram dentro de ti.
Choram, mas não ligues

São falsas como a serpente que jorra
Veneno no corpo de uma mulher já envenenada
Fazendo-a abortar as ciencias da vida



Queria um tudo e queria o nada
Canta agora para mim
E para aqui, deixa penas passadas nos ventos
Das pedras atiradas
Nas profundezas das águas submersas


Queria um tudo e queria o nada
Queria dizer-te que o corpo me deixou
E está pronto assim...
muito embora pudesses achar tantas, mas tantas
formas de apuro na maneira como
aqui quis chegar,
valeu a pena, é o que merece ficar

Verás um dia, quando descermos, de mãos dadas
Aos soalhos deste mundo
Que as mãos em asas não chegam

Para tocar em tamanha amplidão
Valeu a pena? É o que merece ficar.


Asas entram no Céu e na Terra, mas não entram dentro de ti


Asas entram no Céu e na Terra

Asas entram no Céu e na Terra

Asas entram no Céu e na Terra


Queria tudo e queria o nada
Queria os homens e as crianças
Queria o tempo e queria o vento

Queria um tudo e queria o nada
Aprendi a chorar, a rir, a chegar e a partir
Senti as dores, tuas e minhas, pari e fui parida
Vi homens e crianças
E quis ver crianças em homens

Queria um tudo e queria o nada
Voei para ali e para aqui
Senti mulheres como ninguém,
E crianças que bradavam aos homens e os homens às mulheres// e eu a ti e tu a mim...

Queria um tudo e queria o nada
E hoje quem sou e quem és?
Um fruto de aves e penas aquecidas em mel e fel
Um alento em chama verdejante
Que me sopra na noite gelada
E que me chama: Anda agora para aqui!!!



Queria um tudo e queria o nada
Anda, já disse!!! Anda!
Anda para junto de mim
Deixa-me soprar ao ouvido
Toca-me e ensina-me as cores do afecto
Sente-me como à vida que sabemos parida


Queria um tudo e queria o nada
Queria entrar dentro desse coração
Fazê-lo meu e dar-te o pouco que nem consigo
Ser e deixar de ser,

Corre agora, Foge. Agarra as pedras desta calçada
Atira-as ao mar. Para que ela não te fuja
Agarra-o. Faz dele teu refém

Queria um tudo e queria o nada
Entre o Céu e a Terra as asas não entram
Nem entram dentro de ti.
Choram, mas não ligues

São falsas como a serpente que jorra
Veneno no corpo de uma mulher já envenenada
Fazendo-a abortar as ciencias da vida



Queria um tudo e queria o nada
Canta agora para mim
E para aqui, deixa penas passadas nos ventos
Das pedras atiradas
Nas profundezas das águas submersas


Queria um tudo e queria o nada
Queria dizer-te que o corpo me deixou
E está pronto assim...
muito embora pudesses achar tantas, mas tantas
formas de apuro na maneira como
aqui quis chegar,
valeu a pena, é o que merece ficar

Verás um dia, quando descermos, de mãos dadas
Aos soalhos deste mundo
Que as mãos em asas não chegam

Para tocar em tamanha amplidão
Valeu a pena? É o que merece ficar.


Asas entram no Céu e na Terra, mas não entram dentro de ti