sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Perder em Mistério

Perder em Mistério


O Céu, na divindade do verbo,
Tem a poesia do tempo e do vento
Pões o corpo da mulher
Despida das folhas de árvores
Encriptadas em sonetos que te canto

Sempre que me desencantas em silêncios
Ora perdidos, Ora achados
 
Odisseias
Batalhas
Guerras

És homem, serei mulher
 
Só é tua, minha,
A divindade em que te revejas
Ou eu, me reveja

E aí, senhor Meu, Divino, ou não,
Desenha-me na mudez e nudez do meu corpo

Na virgindade negra encontrada e perdida

Onde me procuras
E não me encontras

Onde te acho
E onde te perco.

 

 

 

ENTRE A ALMA E A POESIA


Entre a Alma e a Poesia

Estado de alma, somos o que somos!
E inspiramos as pedras que nos rodeiam,
As flores do vento e as ervas do mar.
E às vezes, pasme-se leitor de poetas,
Já mortos, até pessoas com cabeça, pernas e braços.

Há quem se pergunte, eu mesma, de onde sai o tal humanoide,
O tal, que adormece com a poesia de mortos poetas,
Postos em des-sábias palavras,
Perdidas em saudades mortas pelo tempo que nunca perdeu,
por nunca o ter tido,
Entre a razão de o não ter, partindo...
e a vontade de o deixar ficar, sorrindo.

VC_Alma e a Poesia_Saint Jacques.