quinta-feira, 26 de março de 2015

Alma Forra, Poesia negra


Alma Forra, Poesia negra

Corro na estrada, corrida já perdida
Insisto no passado de Verde Equador
Amante rápida, possuída e lânguida
Sai daí alma, dorida, desse verde

Caminho onde as trevas se encontram
No amor já perdido,
Os possuídos filhos que já tens,
Os que sonhaste de Africa tua

Já os perdeste no amado caminho
semeado do mato, negro da cobra
Podes gemer as dores da poesia

Porque de morte, de parto, de prazer,
Nada te resta. Apenas estas palavras.
Amor? o que é isso senão morte e encontro?


Como este na estrada, entre este passado
E o futuro. Porque o presente, Morreu.
Aqui.