DAQUIDESTALISBOASÃOTOMÉ
Daqui, desta Lisboa compassiva, Nápoles por Suíços habitada,onde a tristeza vil, e apagada, se disfarça de gente mais activa; Daqui, deste pregão de voz antiga, deste traquejo feroz de motoreta ou do outro de gente mais selecta que roda a quatro a nalga e a barriga; Daqui, deste azulejo incandescente, da soleira da vida e piaçaba,da sacada suspensa no poente,do ramudo tristôlho que se apaga(...)(O'Neill) Mas levem para o Céu que é só Meu! (Saint Jacques)
quinta-feira, 26 de março de 2015
Alma Forra, Poesia negra
Alma Forra, Poesia negra
Corro na estrada, corrida já perdida
Insisto no passado de Verde Equador
Amante rápida, possuída e lânguida
Sai daí alma, dorida, desse verde
Caminho onde as trevas se encontram
No amor já perdido,
Os possuídos filhos que já tens,
Os que sonhaste de Africa tua
Já os perdeste no amado caminho
semeado do mato, negro da cobra
Podes gemer as dores da poesia
Porque de morte, de parto, de prazer,
Nada te resta. Apenas estas palavras.
Amor? o que é isso senão morte e encontro?
Como este na estrada, entre este passado
E o futuro. Porque o presente, Morreu.
Aqui.
domingo, 26 de outubro de 2014
OFF BETWEEN ON
OFF BETWEEN ON
Na vida da tempestade, não se aprende
senão a chuva
o seco vem depois
quando as lágrimas secam
e nasce um sorriso de cinema.
Como Teatro, como atriz?
Não sei, between off between on
Como homem, como mulher?
Não sei, between off between on.
São pedras e rochas magnânimas
que me encheram de poder
e me esvaziaram o saber.
Começo de novo, caminhando
Duas, numa, between off between on
Cavaleira de saber, ora
cavaleira de poder, talvez.
O que se aprende com o Ser
se desaprendo com o homem
O saber está atrás de nós
e a ignorância, sempre,
à nossa frente.
Sou nada, estou aqui.
Começo de novo, a escrever.
between off between on
Na vida da tempestade, não se aprende
senão a chuva
o seco vem depois
quando as lágrimas secam
e nasce um sorriso de cinema.
Como Teatro, como atriz?
Não sei, between off between on
Como homem, como mulher?
Não sei, between off between on.
São pedras e rochas magnânimas
que me encheram de poder
e me esvaziaram o saber.
Começo de novo, caminhando
Duas, numa, between off between on
Cavaleira de saber, ora
cavaleira de poder, talvez.
O que se aprende com o Ser
se desaprendo com o homem
O saber está atrás de nós
e a ignorância, sempre,
à nossa frente.
Sou nada, estou aqui.
Começo de novo, a escrever.
between off between on
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Perder em Mistério
Perder em Mistério
Pões o corpo da mulher
Despida das folhas de árvores
Encriptadas em sonetos que te canto
Odisseias
Batalhas
Guerras
Só é tua, minha,
A divindade em que te revejas
Ou eu, me reveja
E aí, senhor Meu, Divino, ou não,
Desenha-me na mudez e nudez do meu corpo
O Céu, na divindade do verbo,
Tem a poesia do tempo e do ventoPões o corpo da mulher
Despida das folhas de árvores
Encriptadas em sonetos que te canto
Sempre que me desencantas em silêncios
Ora perdidos, Ora
achados
Odisseias
Batalhas
Guerras
És homem, serei mulher
Só é tua, minha,
A divindade em que te revejas
Ou eu, me reveja
E aí, senhor Meu, Divino, ou não,
Desenha-me na mudez e nudez do meu corpo
Na virgindade negra encontrada e perdida
Onde me procuras
E não me encontras
Onde te acho
E onde te perco.ENTRE A ALMA E A POESIA
Entre a Alma e a Poesia
Estado de alma, somos o que somos!
E inspiramos as pedras que nos rodeiam,
As flores do vento e as ervas do mar.
E às vezes, pasme-se leitor de poetas,
Já mortos, até pessoas com cabeça, pernas e braços.
Há quem se pergunte, eu mesma, de onde sai o tal humanoide,
O tal, que adormece com a poesia de mortos poetas,
Postos em des-sábias palavras,
Perdidas em saudades mortas pelo tempo que nunca perdeu,
por nunca o ter tido,
Entre a razão de o não ter, partindo...
e a vontade de o deixar ficar, sorrindo.
VC_Alma e a Poesia_Saint Jacques.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Porcelana em Rosa
Porcelana em Rosa
Nos dias não tristes, como o de hoje, em que o Sol
brilhe
As nuvens te abracem em busca de calor
Acredites que o vento e a água são dois elementos
apenas
E te enroles e gemas de dor
Nos dias de luz, em que te sintas um pleno,
Entre o ócio e o sedento caminho
Ou entre os outros elementos, perdidos,
Fogo e Terra, que não são os meus,
Desce aos soalhos do mundo, que até pode ser teu Mas
não lhe toques!
Deixa-o que te olhe Nessa loucura imensa de Luz
Que te cegou, na escuridão.
Em que num dia frio, lindo, passou a nuvem Gelou o ar
e seguimos.
Cavaleiro do saber e cavaleira do Poder,
Ou vice-versa ou versa nada Que nada sou eu, em busca
de coisa nenhuma.
Que apenas me sacie a Luz e a sede de saber mais.
Nos dias tristes e felizes como o de hoje,
Espero Encontrar a sombra da tua imagem
Só a pairar nos sonhos de uma porcelana
Em forma de rosa, que se perde de tão Poderosa,
No seu cheiro Que me consome.
Rosa_PM
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Recomeçar... a amizade
Correm pedras na calçada,
Como ventos angustiados
Que emergem do chão
E largam gotas de chuva...
Como se de lágrimas de alentoRecomeça... És Mulher! Sê feliz, sabemos, Há elementos corridos Como água, vento, ar e terra.
Há seres, vivos e mortos...
És mulher, repito, Só é tua, toda a loucura, que com grande lucidez, aceites. Recomeça... Agarra nos elementos Todos. Junta-os. Deixa-os, num só.
18_02_2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
Serra Fria
Serra Fria
A ribeira que desce da montanha,
Lava as angústias trazidas da cidade para as Serras
Deixai cair então, pedras e nuvens que se casam e
entrelaçam
E descem juntas numa tempestade de elementos.
Aqui, no sítio onde o elemento que sou,
Me transforma no que não sou,
Perco-me para me encontrar.
Escrever é a arte que não se tem,
Que se perde quando se encontra
E se ganha quando se perde.
Não sou daqui, nem sou daí.
Não sou de lugar nenhum.
Onde me encontro
É onde a minha alma se liberta, sempre que escreve.
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