Amar a Lua é amar o impossível_
Amar-te, Lua minha, é o alento, mais impossível
Deitei-me em ti, e vi-te
Lua
Na nudez impossível de uns olhos perdidos
Caíam lágrimas secas, como se fosses eu
De uns olhos impossiveis de belos
Que me recebiam quase a clamar
Pelo calor que me dás, oh lua minha
Impossível ter um alento assim, impossível
Como os aneis que me fogem
Destes pés anões , impotentes
De te agarrar ou correr atrás
São pés de princesa da terra quente
Onde esta Lua me mira, nos mira
Nestes seus aneis espetaculares que
Te esperam lá um dia
E te clamam em silêncio
A nudez de uma alma perdida
Que é esta minha, filha de nada
Humildade de lágrimas e abraços
Perdidos
Quando o chão se desfizer, como está
No momento em que o pisei
Neste meu miradouro De Lua e clamei por Luz
A Lua ia forte e mesmo erguendo os braços
Gemendo em gritos silenciosos de desalento
Ela partiu-me. E deixou cair esta seca lágrima
Que guardo aqui, como sal, dentro de mim.
Queima. Arde. Dura. E não desaparecerá.
Não valia chamar o nome perdido
Fugiu-me nas entranhas de água
Como se de corpos perdidos se tratasse
A Lua não mira assim para outras
Almas perdidas e partidas
Amar a Lua é amar o impossível
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