Escrever
Eu hei-de escrever toda a poesia
Toda aquela com que faço amor
Nas noites quentes do vento
Calo, dores e partos, gritos
Ai o que amo esta escrita que me maltrata
E me espezinha como se de homem desejado
E não tido se tratasse
Ai o comi te quero escrita minha
Que tantos prazeres orgasmados
Me fazes sentir nas entranhas da minha mente
Acorda agora e corre
Já não quero escrever para ti.
Enlouqueci, para a vida e para a morte.
E parti.
Vou casar-me. Esta noite secretamente.
E vou despedir-me do que amo
Aquele que tem medo
Até do ar que o rodeia
Teve mãe que o travou na vida
Não teve amor, teve talvez cuidados
Sem cuidados de escrita
Parte de mim oh arte de nada saber.
Nada escrever.
Ai como te perdi.
Maio de 2012-05-28
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