Morrer e nascer dai
Nunca a morte ficou tão contemplativa
Como ao ver o filho morto
Morte desventrada do ventre de sua mãe
Nem pode viver para jazer
Morreu vivo, a quente-dor
Jaze em viva memória
O menino que nunca foi
Mas é de sua mãe
Parte em glórias desvanecidas
Parte em sentidas persianas
Persas e pérfidas
Oníricas e dantescas dores paridas
Menino que nunca foi
Mas é de sua mãe
A insónia mata o lema
Desvanece a vela da vida
Cruza oceanos e tempestades
Mas a insónia viva, segue
Em frente, viva, em frente
Valente insónia
Morteviva vivamorte insónia
O que é o amor? E o que é o amar?
Quando a insónia chega
E nada nos chega para consolar
O que é amar? É partir! Sim partir
O leme e largar a vela
Mas rumo nos meus oceanos
Viva morta
A mae do seu menino
Jaz morto, mas ela vive
DESAINT
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