quinta-feira, 23 de setembro de 2010

AMAR (S)EM TEMPOS DE CÓLERA

Colerica forma de estar esta agonia
que atravessa a alma e a poesia e pontes
que nos unem e desunem, sabes tu
Ventos faseados de Norte e Sul

Tempestades gélidas e oceanicamente
Devastadores da vida que desenhamos
Ora a preto e branco, ora a verde e amarelo
No fundo como os dias que me deprimem ou os que me fazem feliz

Ou nos dias que me possuis animalescamente
Fazendo que seja tua para a Eternidade
Ou que apenas passes pela minha pele como se de nada se tratasse

Amar assim é pouco e quero mais de mim
Para ti e de lá para cá
A cólera verdeja agora nas àfricas não tuas

A cólera ficou amarela da cor do Sol
e Secou uma vida inteira de esperança
Para o verde do mato onde o capim nos esconde

E nos possuimos selvaticamente
Que merda de cólera esta que não decidimos
O que é preto e branco e o que é verde e amarelo?

Faz-me sem cólera no Mato
Mas entrega-me à Óbô para que se enrole
em mim no tempo que tanto me assusta


Saint Jacques, 18 Março 2010

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