De que serve a poesia, se te parti?
Vejo toda a noite como se dia fosse
Desfloro as pétalas da vida, uma a uma
Encarno pelo ventre acima e corro
Atrás de um vento perdido
Parti-me de ti e desejei que fugisses
Agora busco pelo razão tanto faz
Parti, é o que interessa
Não vale o medo ou secretárias
Enferrujadas com teclas que já não servem
Para escreveres poesia mentida
Podes ir
Encarna pelos ventres acima de outros
Ventres empobrecidos e apodrecidos
Esvai-te agora em lágrimas de sangue
E sem sofrimento, que essa é a natureza
Em que foste criada.
Foge. De ti. Porque ninguem te deseja
Senão para te esventrar
E tu, não pouco genuinamente
Finges não entender
De que serve a poesia, se te parti?
Saint Jacques
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