Busco pelas flores e ar do meu jardim
Busco pelas flores e ar do meu jardim
Busco pelas pedras de calçada
Busco pela nojeira que lá atiram
E que preciso de limpar
Paro aqui pairo ali
Vejo que as asas ficam desfolgadas
Vejo as pegas de tempos palrados
Entrego-me em verdejantes ares
E azuis oceanos
Atrás de escamas escorregadias como
Velhas palradeiras que cospem na calçada
Que eu sinto enlameada
Onde andas ondas de tempos afogados?
Onde me perdeste que não me quero encontrar?
Senta-te aqui, sobre o meu regaço
Dá-mo do teu balanço e do teu enlace
Casa com o meu tempo fugidio
Agarra tudo aquilo que te foge
Agarra os ventos que se te perdem
Agarra. Larga.
Onde andas tempo escorrido?
Onde andas águas enlameadas
Que já foram cristalinas e que se perderam
Fica aqui, brilha na sombra das imagens
Que consigo projectar, a teu lado.
Mas fica.
Sem partir… para sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário