Diário de luz, de noite e dia
Entre a noite e o dia
Com luz e sem ela, por vezes,
Criaste descendência
Criaste aprumos de vida
Seguiste veredas de rosas e seus espinhos
Seguiste mares navegados com rochas
Seguiste desertos de areias e serpentes
Onde chegaste com a descendência
Aos cumes do Céu?
Aos cumes do Amor e da Solidão?
Ou aos cumes do desamor e companhia?
Seguimos veredas de pétalas, com espinhos
Verdejantes caminhos de silvas
Areias movediças de desertos em floresta negra
De onde venho, entre a Luz
E sem noite. Nessa terra sábia,
Onde a luz termina nascem as estrelas
Num céu negro como o meu coração
Já contei que a vida é feita de peles e coração
O meu é negro
Entre a noite e o dia
Com luz e sem ela, por vezes,
Criaste descendência
Criaste aprumos de vida
Daqui desta terra de Monte Brasil ao fundo
Onde o fundo do mar é negro de rocha
Como o meu coração, nasço
Para uma outra vida
Aquela que quero abraçar,
Ao lado de espinhos e pétalas aromatizadas
De amor puro, de crianças que me rodeiam
Sem a selva que ataca
A luz mesmo escura e estrelada negra
Que quero abraçar com a vida
Que é minha
Entre a noite e o dia
Com luz e sem ela, por vezes,
Criaste descendência
Criaste aprumos de vida
Saint Jacques
27 de Agosto de 2008
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