sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Nascer e morrer, daí. do meu ventre


Morrer e nascer dai

 

Nunca a morte ficou tão contemplativa

Como ao ver o filho morto

Morte desventrada do ventre de sua mãe

 

Nem pode viver para jazer

Morreu vivo, a quente-dor

Jaze em viva memória

 

O menino que nunca foi

Mas é de sua mãe

Parte em glórias desvanecidas

Parte em sentidas persianas

Persas e pérfidas

Oníricas e dantescas dores paridas

 

Menino que nunca foi

Mas é de sua mãe

 

A insónia mata o lema

Desvanece a vela da vida

Cruza oceanos e tempestades

Mas a insónia viva, segue

Em frente, viva, em frente

 

Valente insónia

Morteviva vivamorte insónia

O que é o amor? E o que é o amar?

Quando a insónia chega

E nada nos chega para consolar

 

O que é amar? É partir! Sim partir

O leme e largar a vela

 

Mas rumo nos meus oceanos

Viva morta

A mae do seu menino

Jaz morto, mas ela vive

 

 

DESAINT

Nenhum comentário:

Postar um comentário