terça-feira, 15 de março de 2011

Busco pelas flores e ar do meu jardim

Busco pelas flores e ar do meu jardim


Busco pelas flores e ar do meu jardim
Busco pelas pedras de calçada
Busco pela nojeira que lá atiram
E que preciso de limpar

Paro aqui pairo ali
Vejo que as asas ficam desfolgadas
Vejo as pegas de tempos palrados
Entrego-me em verdejantes ares

E azuis oceanos
Atrás de escamas escorregadias como
Velhas palradeiras que cospem na calçada
Que eu sinto enlameada

Onde andas ondas de tempos afogados?
Onde me perdeste que não me quero encontrar?

Senta-te aqui, sobre o meu regaço
Dá-mo do teu balanço e do teu enlace
Casa com o meu tempo fugidio

Agarra tudo aquilo que te foge
Agarra os ventos que se te perdem
Agarra. Larga.

Onde andas tempo escorrido?
Onde andas águas enlameadas
Que já foram cristalinas e que se perderam

Fica aqui, brilha na sombra das imagens
Que consigo projectar, a teu lado.
Mas fica.
Sem partir… para sempre.

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