terça-feira, 15 de março de 2011

Caminho

Caminho

Caminhamos e distanciamos
Um passo e dois passos para um caminho, novo ou velho,
Verdade digo omissões cometo
Acreditei num amor que também me enganou no momento da esquina
Assim que começou o desaire

Passado doi, e o jogo também
Seja de espelhos, de opacos ou transparentes
Mentiste-me um dia
Eu também o fiz
Omiti te uma vingança que a mim diz respeito

E não me arrependo
Isso diz respeito a minha existencia
A minha génese e ao meu passado
Cobrei a todos quantos quis e gozei

Fiz sofrer o que me fizeram a mim sofrer
O novo caminho, dizes tu
trás sempre memórias
é verdade
Mas não rasga o pergaminho. Ele existe
Na essencia da minha humildade
Na essencia da minha maldade

Como na tua humildade
Como na tua maldade

Não faças jogos de traições
Desculpando o amor que julguei sentisses
No sexo trocado a troco de nada
Amar? Senti

E nunca te enganei. Digas o que disseres
Faz e escreve as tuas histórias recriadas por ti


O passado é para ser lembrado
Se ilusão te fiz ter
E te iludi
E precisas esquecer, parte

As tuas Dores que tanto latejam, dizes
São memorias que partem
E que ficam em mim
As minhas Dores são águas que volateiam
Asfixiam-me os 4 elementos
Na minha boca que mente, dizes tu

Tanto como a tua, sempre que disseste
Que nunca me enganaste

Fala a verdade falada que queres
Sem jogos nem escondidas que tapas
E se, juntos fossemos

A mente não se perde.
Tudo depende das vontades.
Da decisão de mudança e de criação
De uma vida

Mataste-me um dia, quando disseste
O que querias, que era não quereres uma parte de mim
Que matei.

Morreu nesse dia a minha ilusão

E a tua, o que lhe fizeste?



Saint Jacques
30 de Outubro de 2010

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