terça-feira, 15 de março de 2011

Gritante pedra

Gritante pedra


Voam todas as palavras
De dor, gritante como a pedra
Que jaze no meu juízo
Aperta e impede

O meu discernimento morreu
Morreu ela, morreste tu
Morremos nós.

Triangulamos
Novamente, à procura
De palavras que nos unam
Com um pólo
Que atrai outro pólo

E seremos bi-polares?

Talvez, serei eu mesma
Jazo aqui, de pedra
Em forma encarnada

Jazo aqui, sem vontade
De te sentir, jamais!

Jazo, para aqui
E ali, pelo amanhã que tarde
E tarda em chegar.

Não sei que fazer, nem sei o que escrever

Perdi-me. Já não conheço as letras
De um alfabeto e de um tecto
Somos homens, pretas
Pétalas ensanguentadas.

Por ti.

Saint Jacques
Maio de 2008

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